segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Um Novo olhar para a sustentabilidade - o pior cego é o que não quer ver

Transcrevo artigo recebido e asinado por Paulo Abreu

Um novo olhar para a sustentabilidade
 
Segundo Gilles Lipovetsky, importante filósofo contemporâneo, as preocupações do por vir planetário e os riscos ambientais assumiram posição primordial no debate coletivo. Nos últimos anos, quando despertamos para as revelações alarmantes a respeito do aquecimento global, o termo sustentabilidade ganhou a importância merecida na mídia, governos e empresas. Sustentabilidade virou uma febre. As empresas são sustentáveis, o negócio é sustentável, tudo é sustentável. Mas o que é ser sustentável? Que conceitos norteiam as gestões estratégicas das organizações?
Ser sustentável hoje, provavelmente, é viabilizar o negócio desde que não impacte em mais custos, tecnologias mais caras. O que todos precisam entender é que há urgência em equilibrar a balança do tripé da sustentabilidade (Triple Bottom Line), a economia não deve pesar mais que o social e o ambiental. Caso isso não ocorra, a natureza cobrará o seu preço. No caso do Japão, o governo gastará 200 bilhões de dólares na reconstrução do país após o desastre.
Em 1987, foi publicado o Relatório "Nosso Futuro Comum" (Our Common Future), elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que fazia duras criticas ao modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, ressaltando os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório apontava para a incompatibilidade entre o desenvolvimento e os padrões de produção e consumo vigentes. Cunhou-se a célebre frase: "Desenvolvimento sustentável é satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades".
Ou seja, deveríamos garantir para os nosso filhos, pelo menos, a mesma qualidade de vida que temos hoje e que já não é tão boa assim. As gerações futuras agora com 24 anos (1987 a 2011), perguntam quais medidas foram cumpridas e se é este o futuro que construímos para eles. Devemos mesmo adotar esse conceito? A resposta é não! Os resultados mostram que falhamos e que sustentabilidade é garantir hoje a qualidade do meio ambiente, da vida, gastar o que for preciso para as gerações presentes.
Não há um limite mínimo para o bem-estar da sociedade assim como não há um limite máximo para a utilização dos recursos naturais. Como citou Jeffrey Sachs, professor de Economia e diretor do Instituto Terra da Universidade Columbia, "o mundo está rompendo os limites no uso de recursos, se a economia mundial cresce a um patamar de 5% ao ano significa, neste modelo de desenvolvimento, que continuaremos produzindo grandes impactos ao meio ambiente, nosso planeta não suportará fisicamente esse crescimento econômico exponencial, se deixarmos a ganância levar vantagem, o crescimento da economia mundial já está esmagando a natureza".
Se continuarmos com um modelo de desenvolvimento como o que temos atualmente, em 2050, quando se estima que seremos 9 bilhões de habitantes, teremos uma dívida ecológica de 24 meses, tempo necessário para ela se recompor, mesmo assim, não se tem a certeza se o planeta agüentará uma pressão deste tamanho.
Há um grande equívoco que preciso deixar claro quando se fala em desenvolvimento. É comum falar em desenvolvimento sob o prisma do crescimento da economia, o Brasil está entre os 10 países mais ricos do mundo, mas o relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. De acordo com o relatório, aproximadamente 8,5% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza, ou seja, 17 milhões de brasileiros vivem com menos de R$60 por mês. Além da má distribuição de renda, doença crônica no desenvolvimento do Brasil, a saúde e a educação são o que mais pesa na pobreza do país.
Como diria o professor Sachs, "se a ganância vencer, a máquina do crescimento econômico depredará os recursos, deixará os pobres de lado e nos conduzirá a uma profunda crise social, política e econômica". Precisamos propor uma mudança no paradigma da sustentabilidade, o desenvolvimento sustentado necessita incluir o homem nesse processo, numa gestão que inclua as pessoas, tecnologias sem o pressuposto econômico, fontes renováveis e práticas sustentáveis. Como citou Rachel Carson em seu livro Primavera Silenciosa, "o homem é parte da natureza e sua guerra contra a natureza é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo... temos pela frente um desafio como nunca a humanidade teve, de provar nossa maturidade e nosso domínio, não da natureza, mas de nós mesmos". A mensagem está dada.
Paulo Abreu


Daniel Martins, sugere:

Visite a exposição Temática:PEDAÇOS DA TERRA - do SESC - Vila Mariana - Rua Pelotas, 141
- até: 18/12/2011


PEDAÇOS DA TERRA
Exposição com cunho lúdico-didático que proporcionará o estímulo à consciência crítica em relação às práticas de sustentabilidade com um foco específico sobre o reino mineral, com vistas à preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Através de informações e conceitos relativos ao impacto ambiental da extração de recursos minerais para a elaboração de equipamentos tecnológicos eletro-eletrônicos, Pedaços da Terra pretende aproximar o público do processo de manufatura desses equipamentos, que envolve um ciclo de produção desde a extração do minério até o produto final. Desse modo, este projeto pretende fornecer informações e conceitos sobre a importância do consumo consciente (+ qualidade / - quantidade), a reutilização de equipamentos tecnológicos e o encaminhamento para reciclagem, tendo como objetivo minimizar os impactos ambientais. Praça Externa.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PENSE NISSO

A MUDANÇA A PARTIR DE SEU LAR

Pegada de Carbono: nós paulistanos frente às mudanças Climáticas

Período em que as mudanças são urgentes e necessárias. Governos devem estar atentos aos anseios da sociedade para formulação de políticas públicas adequadas e sua devida execução.
Empresas devem trabalhar no sentido de se preparar para uma economia de "baixo carbono" e adotar práticas transparentes em relação às suas emissões de GEE e políticas relacionadas às mudanças climáticas.
E nós, cidadãos, o que temos a ver com isso?
Os veículos que nos transportam, os móveis que compramos, a madeira que usamos na construção ou na reforma, os alimentos que consumimos, os aparelhos eletroeletrônicos que temos em casa e o lixo que produzimos – nossos hábitos de consumo tem relação direta com
as mudanças climáticas. Estamos consumindo intensamente petróleo, carvão e gás natural para gerar energia, tanto para a produção industrial quanto para consumo residencial e para os veículos.
O consumo de cada um deixa uma marca, uma pegada de carbono, que pode ser calculada por meio da estimativa de emissões de gases de efeito estufa associada às nossas atividades cotidianas. A pegada de carbono é uma forma de medir nosso impacto no meio ambiente. Portanto, precisamos agir e reduzir nossa pegada. O apoio de todos os setores da sociedade é fundamental para que contribuam efetivamente para melhorar nossa qualidade de vida.
Daniel Martins – Cel: 11 – 8197 5936 – Claro / 9582 7737 - Vivo

TODO MUNDO FALA MAS QUEM FAZ? COMECE VC A FAZER

A água potável do mundo vai acabar.Ninguém acredita ou pensa: até lá não estarei mais aqui. Continua varrendo a calçada, o terreiro, e coisas mais com o jato d'água da mangueira, pior ainda, para pra um bate papo com alguém enquanto a água jorra no maior desperdício. Banhos longos então nem se fala; como é gostoso ficar debaixo do chuveiro quentinho ou a ducha fria no verão. Lavar o carro com mangueira que fica ligada enquanto se passa o shampoo evita sua ida à torneira para fechar ou abrir e dá-lhe água no bueiro, ralo e desperdício total. Luz acesa, TV, Som e Computador ligados e ninguém no ambiente;usando ou assistindo.
A utilização de produtos inadequados para a limpeza da casa e seus utensílios, a lavagem das roupas, tudo poluindo os nossos rios e mares, porque nãos nos damos conta de que os ralos e esgotos de nossas casas é que alimentam os rios que vão para o mar e toma poluição, a mesma que ao assistirmos os noticiários nos indigna e batemos forte nos adjetivos com que classificamos as pessoas mal educadas e sem senso de cidadania e as nossas tão relapsas autoridades. Papelzinho de bala, bituca de cigarro, garrafas pet, embalagens plásticas e outras sujeirinhas quase insignificantes que jogamos nas ruas, calçadas e sargetas, mais